sexta-feira, 20 de maio de 2011
Profissionais pra quem?
RJ, 15 de maio de 2011
Estava eu refletindo sobre a atuação do assistente social no dia dele.Pairou-me pela cabeça algumas dúvidas: Nós somos profissionais pra quem? Qual a prioridade desta profissão? Que profissionais estão sendo formados? Que mercado vamos nos inserir, o mercado de trabalho ou o acadêmico(dói esse termo, mas é REAL!)? Em que intervimos para mudar esse quadro social que nos encontramos? Qual o programa que se tem feito para barrar as formações de educação a distência? O que fazemos nós no combate das práticas conservadoras dentro da profissão? Como não ser moralizante, psicologizante e naturalizante nessa sociedade? O que fazer com a tal pós- modernidade? O que colocar em pauta para romper com a estrutura vigente? O que? Por que? Como? Onde? Sabe, eu não tenho uma resposta ao menos para qualquer uma das perguntas.
Mas, acho que nós futuro assistentes sociais, como eu, os profissionaise toda a sociedade devemos LUTAR juntos por uma sociedade justa, igualitária, emancipada e transformada. Essa sim deve ser uma das bandeiras do assistente social, a bandeira por querer uma sociedade com transformação social. Findo, deixando vocês com uma reflexão, um trecho do poema "Uma razão a mais para ser anticapitalista" do Mauro Iasi:
"Nenhum sistema que não é capaz de abraçar com carinho a mulher que amo e acolher generosamente minha amada classe é digno de existir"
Licya de Sousa.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Relacionamentos...
Não quero dizer que não tenho amigos depois dessas idades que citei, tenho sim e os considero verdadeiros amigos! E porque esses que digo que são amigos, é porque mantém o relacionamento no mesmo jeito, no NÓS e não no EU!
Isso não é um desabafo e sim constatação de fatos!
Amigos verdadeiros e fieis, eu amo vocês!
É clichê, mas eu gosto: "amigos verdadeiros são como o sol, pode não aparecer, mas você sabe que ele está lá!" =)
Licya de Sousa!
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Milícia é Máfia!
Estava eu em casa, pensando na atuação brilhante do grande Marcelo Freixo no combate as milícias. E esse rapaz que hoje tem sua vida ameaçada, vive cercado de seguranças, não tem mais uma vida comum, e por que? Porque combateu uma máfia, ele listou mais de 1000 nomes ligados a milícia, pediu a cassação de Álvaro Lins (conseguiu! justiça foi feita!). O que consiste em a milícia ser máfia? Porque ela tem faturamentos milionários, acharcando moradores de locais pobres, impondo aos moradores a compra de gás e água nas suas bancas, colocando "gatonet",ainda controlam a especulação imobiliária e o transporte público de vans, e "atropelam" sem dó nem piedade quem lhes atravessar o caminho. Esses grupos de paramilitares dizem que protegem a população da "bandidagem", dos traficantes, mas estes não seriam uns bandidos fardados (o que é pior ainda!)?!? E quando você diz isso, os mais reacionários dizem: é melhor ter a milícia, a ter o caveirão na porta! Eu penso, melhor ter nenhum dos dois, o sensato seria investir em uma polícia com inteligência! Milícia oprime, destrói a autoestima dos moradores de favela, é uma máfia tão articulada, que pra dar cabo, tem que "doar a própria vida". Tenho uma família reacionária, mas tento ser a gota, o grito mesmo que abafado, a favor de direitos humanos para todos, eu disse TODOS! E por isso eu apóio, panfleto mesmo pro Marcelo Freixo, ele apóia os Direitos Humanos! Não recebo nem um real para falar ou panfletar em prol do mesmo! Mas, tenho consciência crítica e sei que só combatendo o mal e a aflição dos oprimidos que venceremos!
http://www.youtube.com/watch?v=bAvQOGw92VE
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Escrito nas Estrelas, Passione e o Trabalho Doméstico
Dois grupos de esteriótipos racistas são explícitos no filme, que se dividem exatamente por questões de gênero: às mulheres negras, são destinados os papéis das "mammys" - a empregada "da família", gorda, generosa, profundamente dedicada a felicidade de seus "filhos" brancos e de seus "patrõezinhos"; a mexiqueira, papel sempre ridículo da jovem negra que fala errado e se mete na vida dos patrões, o núcleo principal - branco, obviamente; ou, na fase amadiana (Tieta, Gabriela, Teresa Baptista), a mulher sensual, "quente", maliciosa. Aos homens negros, o lugar do capataz, segurança, guarda-costas e, quando alçados à classe média, fiel escudeiro do protagonista branco.
Se o filme, A Negação do Brasil fosse atualizado, não mudariam os grupos de esteriótipos racistas. Encontraria um "Da Cor do Pecado", uma novela supostamente - ou melhor - mentirosamente - de protagonista negra, cujas personagens, Preta e Helena, não receberam do roteiro carga dramática para se destacarem realmente como protagonistas, além de serem devidamente deslocadas de sua comunidade negra, fosse ela familiar ou qualquer círculo de relações. Simplesmente eram negras sem amigos negros, longe de sua família negra.
Sabemos que a grande maioria das trabalhadoras domésticas são mulheres negras. Não há qualquer problema de ser esse também um papel assumido por atrizes negras. Mas aí há duas situações a serem observadas: que as atrizes negras, não obstante terem todo o preparo para assumirem qualquer papel, não tenham que ocupar apenas o papel da trabalhadora doméstica; e que o próprio papel da trabalhadora doméstica não seja construído em torno da ideia de "serviçal", sem vida própria, com falas que a ponham num lugar da "ignorância" ridícula.
Via de regra, as trabalhadoras domésticas da novela não têm família, dramas pessoais, questionamentos, uma história própria a desenvolver na trama. As mammys ganham relativo espaço quando a sua função é acalentar e carregar as dores de seus patraõzinhos; as ridículas, quando vão ao samba ou à gafieira mostrar como é divertida a vida do pobre.
Mas hoje temos, na telinha, duas honrosas exceções. Sim, temos uma trabalhadora doméstica protagonista, no papel da mocinha da novela das seis; e uma trabalhadora doméstica antagonista, no papel da vilã, na novela das nove. Impressionate. Elas ganham drama próprio, falas caprichadas, closes estudados de seus rostos, olhares, sorrisos. Curioso, que não erram palavras para os outros rirem e não vão ao samba, ao funk ou à gafieira. O detalhe fundamental: ambas são completamete brancas. Insistimos no "completamente" por serem, Natália Dill e Mariana Ximenes, exatamente o perfil branco - pele branca, cabelos lisíssimos, nariz afinadíssimos, olhos claros - tão caro a Globo e suas mocinhas e mocinhos.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Coisas que não se resumem em 140 caracteres!
Estava eu em minha casa, pensando em casamento. Casamento definido no dicionário é:
1. União solene entre duas pessoas de sexos diferentes, com legitimação religiosa e/ou civil; núpcias.
2. A cerimônia dessa união.
3. Fig. Aliança, união. (Dicionário Aurélio).
E aí euzinha aqui, penso e repenso a respeito de! Minhas concepções de casamento são muitas, lá vai algumas, é partilhar o mesmo espaço fisíco, o mesmo espaço pessoal, dividir contas, somar problemas, dividir tarefas (de casa ou não! rs), compartilhar sonhos, ter uma relação de reciprocidade, abandonar alguns conceitos tão seus, mas que pelo outro vale a pena, é um grande aprendizado, é com escalar montanhas, com altos e baixos peculiares, é ter que lavar, passar, cozinhar, ser linda e cheirosa depois de um dia intenso laborativo. São tantas coisas que cercam a palavra casamento, que tenho medos, receios, quando você se une a outra pessoa, você se "assemelha" a ela, aí você pensa, será que perdi a minha essência? Você olha e vê que não, é porque você ama tanto, que acaba por parecer com o outro de forma natural, sabe a é a tal da convivência.
E acho que essa é a palavra do casamento, é preciso saber conviver, parafraseando Roberto Carlos e Erasmo.
E quando nós nos casamos no sentindo literal e no figurado da palavra, a palavra chave, creio eu ser essa: CONVIVER! =)
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Cuide bem do seu amor, seja quem for...
nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas,
mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão.
O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto-imagem. Religião é dieta.
Fé, só na estética. Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo,sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz,
não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.
Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa.
Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo.
Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política.
Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar correr, viver muito, ter uma aparência legal mas…
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.
‘ Cuide bem do seu amor, seja ele quem for ‘
Herbert Viana
Extremamente importante este texto do Herbert!